Dia Histórico

Terça-feira, dia 28 de setembro, será um dia histórico para as Comunidades do Alto da Boa Vista e Itanhangá.

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Terça-feira, dia 28 de setembro, será um dia histórico para as Comunidades do Alto da Boa Vista e Itanhangá. Em assembléia geral dos moradores, ás 19:00 hs, na quadra poliesportiva do Mata Machado, Estrada das Furnas 1467, Alto da Boa Vista, será oficialmente iniciada a regularização fundiária pelo ITERJ - Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro.
Este ano serão regularizadas as comunidades de Fazenda, Furnas, Agrícola, Biquinha, Ricardinho, Furnas 866, Açude, Vale Encantado (Núcleos da Amata), além de Recanto da Barra, Sítio Pai João, Vila da Paz, Pedra do Itanhangá e Arroio Pavuna.
No próximo ano será a vez de Mata Machado, Tijuaçú e Tijuquinha e Muzema, além de Boreu, Formiga e Catrambi, pelo lado da Tijuca.
Uma conquista da mobilização popular através do CONCA - Conselho de Cidadania

Compareçam e participem!!!!
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Abraço Fraterno

Roberto Maggessi

Assembléia Geral das Comunidades - Urgente!!!

Nesta segunda, 24 de maio de 2010, às 15:00hs ...

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Nesta segunda, 24 de maio, às 15:00hs, no Auditório da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Rua Benjamin Constant, 26 - Glória, será realizada a Assembléia Geral das Comunidades, com a participação da Defensoria Pública, Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, do Ministério das Cidades e da Pastoral das favelas.

Vamos ampliar e intensificar a luta contra à política de remoções.

Compareça e Participe!!!

Resumo da Manifestação do dia 30/04/2010

Cerca de mil pessoas de várias comunidades estiveram presentes.

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Cerca de mil pessoas de várias comunidades estiveram presentes. O Prefeito marcou uma reunião com uma comissão de moradores formada em plenária durante a manifestação para a próxima terça-feira, em seu gabinete.
Um corpo técnico composto por engenheiros e geólogos, com apoio do CREA e dos Sindicato dos Engenheiros, foi formado para acompanhar e exigir os laudos que a Prefeitura ainda não apresentou.
Os Deputados Federais da Bancada do RJ convocaram uma audiência pública, em Brasília, nesta quarta-feira, com a presença de toda a comissão de moradores, do MP, da Defensoria e do Ministério das Cidades.
Houve ótima cobertura da imprensa.
Uma nova plenária será feita para tirar novas demandas nesta terça, á tarde, na Pastoral das Favelas, na sede da Arquidiosece do Rio de Janeiro.

Manifestação contra as remoções!

Manifestação contra as remoções, dia 30 de abril de 2010, sexta-feira, em frente a Prefeitura!!!

Diga não á Remoção!! Ela é Crime Social!!!

Não a Remoção de favelas na Globo????

Campanha contra a política de remoções de Comunidades no Rio de Janeiro.

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Campanha contra a política de remoções de Comunidades no Rio de Janeiro. Lutamos contra o processo de limpeza social em andamento em nossa cidade concebido e financiado pelo capital especulativo imobiliário, legitimado pela cooptação de parte do judiciário e do legislativo e comandado e implementado pelo poder executivo, liderados pela Prefeitura.
Contrariando assim, as convenções internacionais das quais o Brasil é signatário, a Constituição Federal, o Estatuto das Cidades e a Lei Orgânica Municipal, que proibe a prática da remoção no Município em seu artigo 429.

DIVULGUE E PARTICIPE!
Cariocas Contra a Segregação Social



Paes volta aos tempos de ‘sub’ da Barra:
119 favelas
na rota da
limpeza
social

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VEJA NO LINK DESTE BLOG EM " NOSSO JORNAIS " EDIÇÃO DE 13/01/2010.

Amigos do Alto da Boa Vista

2010 exigirá um grande esforço de mobilização popular para alcaçarmos nossos objetivos comunitários

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- Colégio de 2° Grau.
- Posto de Saúde 24 hs.
- Autonomia em relação a Tijuca.
- Urbanização das Comunidades.
- Transporte de Qualidade.
- Saneamento Básico.
- Centro Cultural
- Vila Olímpica
E muito mais.

Estaremos inaugurando nossa rádio Comunitária em Janeiro. Venha participar.

Comunidades do Alto da Boa Vista Correm Risco de Remoções

COMUNIDADES DO ALTO DA BOA VISTA CORREM RISCO DE REMOÇÃO

Foram diversos os casos de iniciativas de remoção das populações nesta região do Rio de Janeiro, em contraste aos condomínios grã-finos no entorno, sobretudo

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Foram diversos os casos de iniciativas de remoção das populações nesta região do Rio de Janeiro, em contraste aos condomínios grã-finos no entorno, sobretudo no Itanhangá e Barra da Tijuca: escola, clube, mini-mercados, academias… tudo dentro, com direito a muita câmera, seguranças e grades, construídos sem questionamentos ambientais. dentre outras nos arredores, são os moradores de baixa renda no Alto da Boa Vista, processados por ocuparem áreas ambientalmente irregulares. Ficamos Surpresos com a presença de diversos agentes (defesa civil, polícia, bombeiro, prefeitura, etc.), que vieram à região sem prévio aviso,para remover as comunidades,onde resistimos. Não houve remoção,nos organizamos e fizemos um protesto em frente ao Ministério Público (MP), no centro do Rio de Janeiro, no ano de 2006.

O protesto foi realizado em função de uma ação proposta contra as comunidades pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Meio Ambiente ,onde a promotora Rosani Cunha Gomes, à frente do processo, responsável pela ação civil pública, formalizada em 2006.Ela acionou a Prefeitura com base nos dados levantados pelo Instituto Pereira Passos.

O nosso protesto no MP fez com que o Procurador Geral de Justiça – RJ, Cláudio Lopes, acionasse o sub-procurador da Justiça de Direitos Humanos. Leonardo Chaves, o responsável pelo caso,onde afirmou ter vindo ao local com técnicos assistentes. Com base nas suas visitas, ele desenvolveu um procedimento interno no MP, cujo diagnóstico está apresentado em relatório. Para ele, “as comunidades do Alto da Boa Vista estão em áreas situadas em lugares valorizados sob o aspecto imobiliário, no entanto os moradores são centenários e quem visita o local pode observar que eles são os responsáveis pela preservação, que têm essa ligação com a floresta, são eles que impedem a favelização”.
VEJA O VIDEO VISITA DO PROCURADOR LEONARDO CHAVES AO ALTO DA BOA VISTA

No ano de 2007, a promotora entrou com um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). O advogado Miguel Baldez, procurador do Estado aposentado, junto a outras entidades, fez um pedido à juíza para que ela os recebesse como assistente. Sua intenção era viabilizar uma representação jurídica na defesa das comunidades, mas o pedido foi negado.

No entanto, simultaneamente à tramitação do processo, a intervenção do sub-procurador Leonardo Chaves ,nos fez a acionar a Defensoria Pública. Técnicos vieram ao local e os moradores que comprovaram sua ocupação por mais de 5 anos na região receberam o usucapião, título de posse continuada de tempo, previsto no Estatuto da Cidade e registrado no cartório de notas. A verba para a assistência técnica e o procedimento jurídico foram levantados pelos moradores, com o apoio de outras organizações. O documento viabiliza que o morador entre na Justiça pelo direito à propriedade, de modo a legitimar a sua posse.

No momento,temos o nosso “contra-laudo” e reivindicamos a participação no TAC, pois não estamos tendo voz no processo.

VEJA OS VIDEOS CONCA RUMO AO MINISTÉRIO PÚBLICO, CONCA NA ENTREGA DE TÍTULOS DE PROPRIEDADES e veja a reportagem da Globo TAC-TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA

A Secretaria Municipal de Habitação (SMH), através de sua assessoria, declarou que “com base em critérios de risco ambiental estabelecidos pela Geo-Rio e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, está realizando um trabalho de campo para identificar as famílias que realmente moram em áreas inadequadas do ponto de vista ambiental. A
secretaria faz esse diagnóstico mantendo um diálogo permanente com os representantes dos moradores das comunidades. No dia 21/07 deste ano de 2009, houve, por exemplo, uma reunião do secretário Jorge Bittar com líderes comunitários da região no gabinete da SMH. Uma vez identificadas as famílias que moram em áreas de risco ambiental, elas serão reassentadas em locais próximos das comunidades. Este plano será apresentado ao Ministério Público e à
Justiça.”
VEJA O VIDEO CONCA NA SECRETARIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO

Confirmamos a presença de técnicos da secretaria no bairro após a reunião. Mas destacamos que, apesar de a Secretaria afirmar que vai respeitar as reivindicações da região, ainda falta a participação da comunidade, não está havendo um trabalho em conjunto, ainda falta diálogo.

2ª CAMINHADA PELO DIREITO À MORADIA

No dia 18 de julho, na manhã de um sábado ensolarado, com os líderes comunitários e alguns moradores, realizamos uma caminhada do Alto da Boa Vista ao Itanhangá para reivindicar o direito à moradia e participação no Termo de Ajuste de Conduta (TAC).Com cerca de 200 participantes,saímos em protesto ao processo de remoção acionado. A manifestação foi pacífica, nela estavam famílias, inclusive crianças, se expressando no alto falante: “nós, moradores históricos do Alto, viemos para dizer que o povo está unido e quer participar das decisões de sua vida”.“O pobre não tem voz, não tem espaço na televisão, na mídia, só sobrou a rua, querem fazer do Alto da Boa Vista o paraíso dos condomínios”.

Chegando ao Itanhangá a polícia militar apareceu para monitorar o trânsito. Seis viaturas nos escoltaram até a Paróquia São Bartolomeu.
A mídia chegou para registrar, as tv’s Globo e Record. A primeira não ficou 10 minutos, a jornalista fez algumas anotações e se retirou, sem falar com ninguém. Já a Record fez entrevistas e nos ouviu e foi à comunidade do Vale Encantado, colher algumas imagens. Onde lhe mostramos prédios que foram construidos anos atrás e agora querem remover poucas famílias que se encontram no local.
Cantamos o Hino Nacional e encerramos com a oração do Pai Nosso.queremos agora realizar um seminário com todas as comunidades que estão passando por qualquer problema em relação à habitação, a fim de unir-mos contra qualquer remoção.

VEJA O VIDEO CONCA MARCHA

O Alto da Boa Vista é de Todo Mundo

O Alto da Boa Vista é de Todo o Mundo

A Floresta da Tijuca é certificada pela Unesco, reserva da biosfera. Portanto tem importância mundial. O Ibama e a Prefeitura vêm á anos, entre idas e vindas de gestões compartilhadas, disputando quem administra o Parque e qual é a função especifica de cada um, sem chegar a um acordo de competências. Seria nacional, estadual ou municipal o desígnio de zelar pelo nosso espaço verde no coração da cidade?

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Em visita a uma das comunidades pobres ameaçadas de remoção pela justiça a pedido do Ministério Público Estadual, sobre a acusação de estarem agredindo o meio ambiente, chamada de Açude, pela proximidade ao belo lago Açude da Solidão. Descubro que uma família que mora no local a mais de oitenta anos, sempre no mesmo espaço, em casas simples em melhorias, estão sendo taxados de ameaça ao meio ambiente. Nas fotos antigas, da década de quarenta, vemos o Sr. Francisco de Freitas, capataz e chefe da guarda florestal, que foi morar ali por também ser cantoneiro, ou seja, guardião das fronteiras da floresta. Nestes anos as casas foram construídas no “quintal” e nunca ultrapassaram os limites do terreno que lhes foi confiado.
Se antes de qualificarem e rotularem a família Freitas como criminosos ambientais, o Ministério Público tivesse procurado a comunidade para ouvi-la, certamente não estaria voltando suas forças para gente humilde que reside legitimamente no pedacinho que nasceram e aprenderam a amar.
Outra comunidade ameaçada é a Fazenda. Construída em torno de uma casa grande e de uma senzala que ainda estão lá para testemunhar os seus mais de cem anos de história. Uma industria de papel agregou ali, por décadas, uma espécie de vila operária e foi desativada nos anos setenta. A partir desta data os moradores agregaram-se em uma associação. Desenvolvem projetos ambientais em parceria com o Instituto Terra Azul, o Parque Nacional, o
Ibase e até a Petrobrás. Respeitam todos os eco limites e articulam até um canteiro de mudas para o reflorestamento. Convivem e cuidam, já que foi a muito abandonado pela pelo poder público, do parque das Furnas, espaço de rara importância geológica, que foi estudado pelo suíço, Louis Agassiz em 1820, além de abrigar os governantes do Rio de Janeiro em 1711, quando da segunda invasão francesa na cidade. Foi então batizado de “Pedras Santas” já que ali foi construído altar para a realização de missas pelo bispo refugiado.
Cada uma destas comunidades tem uma referência antiga e também uma história de descasos. Na comunidade de Mata Machado, que leva o nome do Conselheiro Imperial que ali possuía uma fazenda, o projeto Favela-Bairro, que é tido como modelo pela Prefeitura, previa a construção de creche, escola, estação de tratamento de esgoto, parques e praças, água encanada, entre outras melhorias. Apesar de terem sido inauguradas, com direito a placa que ainda está no local, apenas o calçamento foi feito. O restante da obra foi abandonado. Nunca ouve uma creche, escola nova ou praça. O esgoto é jogado diretamente no Rio Gávea Pequena e a água encanada nunca chegou às torneiras. O mesmo ocorre no projeto Bairrinho de Tijuaçu. Apesar de constar com uma estação de tratamento, um imenso tubo está sendo instalado pela Prefeitura para jogar todo o esgoto da comunidade no Rio Cachoeira.
Por ironia do destino, um dossiê foi apresentado ao Ministério Público no início deste ano, com provas contundentes de omissão e mau uso de dinheiro público, solicitando a intervenção para obrigar a Prefeitura a concluir as obras. Este foi parar nas mãos da mesma promotora que solicitou agora as remoções, Drª Rosani Cunha, que sequer respondeu aos moradores. Em vez de melhorias, remoção.
Este método de mirar nos pobres e atirar sobre os seus ombros todas as culpas sociais é na verdade uma rota satisfatória de fuga da realidade, um grande medo da possibilidade de ter de arcar com perdas financeiras e de poder, no custo de criar uma sociedade mais justa. Devíamos estar debruçados numa mesa redonda com toda a sociedade em busca de uma política urgente e eficaz para a questão da moradia popular, implementando a regularização fundiária nas comunidades, investindo em infra-estrutura básica para estas áreas, atitudes que incorporariam as favelas á cidade, transformando em cidadão o marginalizado, em brasileiro o rotulado e em carioca, como qualquer um do Leblon ou Ipanema, o morador da favela.
Mas enquanto rasgarmos a Constituição, o Estatuto das Cidades e a lei Orgânica do Município, insistirmos nos meios excludentes como as remoções, não descermos do nosso pedestal e nos aproximarmos realmente da realidade de nossa cidade, apenas tentaremos nos esconder atrás de muros, cada vez mais altos e deixaremos para os nossos filhos uma metrópole partida, extremamente desigual, violenta e injusta.
Uma triste herança, em lugar de uma cidade para todo mundo.


Roberto Maggessi Sousa Filho
CONCA – Conselho de Cidadania do Alto da Boa Vista